As indústrias de alimentos precisam de uma administração prática, eficaz e de acordo com as necessidades dos itens, principalmente para aqueles que possuem certas particularidades como temperatura ou armazenagem.

Esse tipo de gestão abrange desde restaurantes a hotéis, resorts, supermercados,  hospitais, bares, entre outros espaços que utilizam os alimentos e bebidas para oferecer seus serviços.

Para entregar qualidade ao cliente final, existem técnicas de preparo que orientam o controle de bons e saborosos produtos. Assim, torna-se complexa o processo de fabricação e venda, já que isso não compete apenas às questões de distribuição e produção.

Vale ressaltar que alimentos e bebidas estão associados à cultura da maioria dos países e, por isso, esses produtos também sofrem com fatores externos e oscilações no mercado como demanda sazonal, gostos e preferências.

Diante desse cenário, evidencia-se a dificuldade que uma empresa tem para gerenciar o setor alimentício, mas isso não significa que seja impossível. Logo, é fundamental conhecer alguns aspectos importantes para melhorar essa gestão. 

Preparamos esse artigo com esse intuito, continue a leitura e saiba tudo sobre a gestão na indústria de alimentos. Vamos lá?!

Principais desafios para a indústria de alimentos 

Apesar da pandemia do Covid-19 já ter sido controlada, ainda existem problemas econômicos a serem resolvidos. Para o setor alimentícios houve um aumento do custo médio adicional na produção que impacta significativamente o custo total do setor. 

De acordo ABIA, Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, as empresas estão enfrentando um cenário desafiador, pois o custo de produção industrial, em média, representa 58% do custo tal para esse setor. 

Nesse caso, com aumento de 4,8% do custo médio de produção, estima-se que o custo total sofrerá um impacto de 2% a 2,5%. Além do aumento de custo, também temos um novo comportamento de mercado onde os consumidores estão cada vez mais virtuais, procurando hábitos mais saudáveis e sustentáveis.

Cenário da Indústria de Alimentos no Brasil

Veja a seguir as principais mudanças que ocorrem para esse mercado e que precisam ser levadas em consideração na hora de construir sua estratégia e gestão:  

Consumidores mais virtuais

O que já era comum para uma parcela da população, tornou-se uma realidade promissora para a maioria dos brasileiros durante a pandemia. O e-commerce cresceu muito nesse período e fez com que as empresas enxergassem novas possibilidades para conquistar mais clientes.  

Por esse motivo, as indústrias precisam se adaptar a essa transformação, melhorando a qualidade do atendimento e comunicação virtual com seus consumidores. O desafio aqui é entender essa nova realidade e aplicá-la no seu dia a dia operacional. 

O aumento da procura por alimentos saudáveis e sustentáveis

Hoje em dia, também surge um movimento mais saudável e sustentável que interfere nas preferências de consumidores que optam por produtos que oferecem essa finalidade. No mercado alimentício, espera-se que essa tendência permaneça, o que contribui para o aumento na produção de alimentos naturais e sem agrotóxicos.

A sustentabilidade das empresas, por exemplo, tem sido um diferencial positivo para que os consumidores escolham determinadas marcas. Isso é ainda mais importante para os jovens que, ao começarem a trabalhar, ganham mais poder de compra. 

A partir disso, os gestores precisam incorporar estratégias que estão cientes das novas preferências. Afinal, esse processo vai desde a escolha de matérias-primas até a embalagem onde o produto final será comercializado.

A qualidade do produto e protocolos de higienização

Um outro ponto importante que a pandemia trouxe foram os cuidados com a higiene. Os consumidores estão mais atentos às responsabilidades que as empresas possuem com suas mercadorias. 

Na indústria alimentícia isso é ainda mais rigoroso, pois a qualidade dos produtos pode prejudicar a saúde das pessoas. Por isso, é comum que elas confiram se o estabelecimento está de acordo com os padrões estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

A embalagem é o elo que liga essas ideias e promove uma comunicação efetiva com o mercado. O que isso quer dizer? Bom, em outras palavras, a forma como o produto se apresenta diz muita sobre sua intenção. 

Por isso, é muito importante procurar estratégias que se adequem a essas características, procurando alternativas mais baratas e sustentáveis, como sacolas de papel ou caixa de papelão. Hoje em dia, muitos consumidores esperam que as empresas sejam criativas nesse aspecto e isso pode ser um diferencial competitivo. 

Gestão da qualidade na indústria alimentar: o que não pode faltar?

Que o mercado está mudando e que isso impacta diretamente a gestão das empresas é fato. Logo, o desafio passa a ser implementar uma gestão eficiente que seja capaz de  lidar com essas questões. 

Listamos os principais pontos de atenção para que sua empresa aumente sua produtividade e qualidade administrativa. São eles:

1. Gestão da Qualidade

Quando o assunto é gestão de qualidade estamos falando de um conjunto de atividades que ajudam as empresas no quesito organização e produção dos itens. Isso envolve planejamento, controle e garantias para que essa mercadoria tenha a satisfação máxima dos consumidores.

A conquista do público-alvo está relacionada à qualidade percebida desse produto. Essa é a ideia que o levará a escolher uma marca entre tantas outras disponíveis, além de se tornar  um comprador recorrente caso sua expectativa inicial seja positiva.

2. Ferramentas da Qualidade 

É comum a importação e a exportação de produtos alimentícios para todos os lugares do mundo. Por isso, os gestores dessas empresas precisam estar cientes das mudanças regionais, como economia, tecnologia e preferências sociais. Assim, é mais fácil ampliar as chances de vendas. 

Para essa finalidade, é necessário garantir a qualidade das entregas  por meio de soluções tecnologias e metodologias de gestão da qualidade, como:  

  • checklist
  • controle Estatístico do Processo (CEP);
  • boas Práticas de Fabricação (BPF);

3.Controles de produção

Para controlar a produção, as boas práticas ainda valem para o setor alimentício. São elas:

  • Análise de Perigos de Pontos Críticos de Controle

A ferramenta Hazard Analyses and Critical Control Points (HACCP) é uma das mais difundidas e com maior aceitação na indústria alimentícia. O objetivo desse sistema é analisar todas as etapas de produção de forma preventiva, controlando, identificando e avaliando os gargalos que impactam a segurança dos alimentos.

  • Normas ISO 

ISO (International Organization for Standardization) é uma organização governamental internacional que reúne mais de uma centena de organismos nacionais de normalização. Seu objetivo é criar normas que facilitem o comércio, promovendo boas práticas de gestão e avanços tecnológicos. 

  •  Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO) 

Para melhorar o processo de produção dos alimentos, existe o PPHO, Procedimento Padrão de Higiene Operacional. Por trás desse conceito, existem procedimentos que são desenvolvidos, instaurados e automatizados com o intuito de estabelecer um padrão de qualidade que evite a contaminação ou adulteração dos itens fabricados. 

  • Monitoramento Integrado de Pragas (MIP) 

O MIP é uma ferramenta para a gestão da qualidade e que atua no controle de pragas na produção industrial. O objetivo dessa técnica é ajudar os produtores a explorar o máximo do seu potencial produtivo, reduzindo os custos de produção e minimizando os danos ambientais das atividades.   

  •  Rastreabilidade (RT) 

A rastreabilidade é um sistema de controle que permite a identificação individual ou lote do produto, como a origem de materiais e das peças, histórico de distribuição e a localização, ou seja, um levantamento desde seus componentes até o produto final. Dessa forma, o consumidor tem a garantia de um produto saudável e seguro.

  • Desdobramento da função qualidade (QFD) 

O QFD (Quality Function Deployment), ou Desdobramento da Função Qualidade, é uma metodologia capaz de levantar informações chaves sobre as necessidades, prioridades e preferências dos consumidores. Isso pode se tornar estratégias para o desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços.

Como fazer a gestão de alimentos e bebidas: passo a passo e melhores práticas

Já discutimos ao longo deste artigo os principais pontos de atenção para a gestão de uma indústria de alimentos. A partir disso, você conheceu a importância, os desafios e as tendências para todos os segmentos que lidam com esses produtos.  

A seguir, vamos  apresentar o passo a passo para você começar a sua gestão do jeito certo. Confira!

1. Planejamento e estruturação

Planejar a parte estrutural do projeto é o primeiro passo para iniciar a gestão de uma indústria de alimentos. Isso envolve o chão de fábrica, os equipamentos, o local de armazenagem e todos aspectos relacionados a essa produção. 

Para empresas que precisam estocar esses itens, é necessário ter equipamentos de refrigeração ou, para o caso de bens não perecíveis, ter espaço suficiente para guardá-los de maneira adequada.

Aqui, os gestores precisam ser organizados para ter tudo pronto antes do produto ser finalizado, seja para revender, consumir ou transformar em novas mercadorias.

2. Controle e armazenagem

Cada empresa do setor alimentício tem suas particularidades. Alguns alimentos, por exemplo, precisam ser armazenados em temperatura ambiente para manter sua previsão de validade. 

Já produtos congelados demandam um processo diferente em que a temperatura é específica para cada tipo de mercadoria refrigerada.

Para dominar esse tema, os gestores precisam consultar Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA, um braço do Ministério da Saúde que regulamenta e fiscaliza diversas áreas de produtos e serviços. Com os padrões estabelecidos por ela, as empresas passam a conhecer as boas práticas de fabricação e manipulação desses itens.

Além das preocupações regulatórias, é importante enfatizar as informações sobre as condições de armazenamento. Alimentos e bebidas são frequentemente consumidos em bares e restaurantes. Portanto, os dados de validade e uso devem estar visíveis ao armazenar os itens comprados ou fabricados.

3. Relacionamento com os fornecedores

O terceiro passo é criar um sistema contínuo de entregas que alimente toda a cadeia produtiva de uma indústria alimentícia.

Aqui, é fundamental ter um bom controle de estoque, pois quando esse setor não funciona corretamente a empresa terá sérios prejuízos com a falta ou a sobrecarga de matéria-prima.

Afinal, a falta de determinados bens pode prejudicar as vendas, seja de forma direta (no caso de supermercados) ou indiretamente (no caso de restaurantes, onde esses produtos são necessários para a produção de alimentos e bebidas).

Aqui, contar com bons fornecedores é essencial para controlar as quantidades e os custos de produção.

4. Qualificação do time 

É muito importante contar com profissionais qualificados para conduzir as operações e rotinas da produção, principalmente para o papel de liderança.

Dentro do escopo dessas atividades é esperado que esses colaboradores realizem: 

  • treinamento para o uso e os procedimentos dos equipamentos;
  • monitorem o desempenho operacional para garantir os padrões de qualidade;
  • ajudem os clientes com problemas ou reclamações sobre qualidade dos produtos;
  • enviem listas com os detalhes dos pedidos, ingredientes, produtos e outros suprimentos;
  • realizam a inspeção das áreas de armazenamento, preparação dos alimentos e bebidas com foco na limpeza e segurança.

Nesse caso, vale ressaltar que essas funções podem variar de acordo com o segmento e  atuação de cada empresa. 

5. Escolha a ferramenta certa

Ao longo do texto, vimos que existem vários processos que envolvem a gestão completa de uma indústria de alimentos. No entanto, mesmo em restaurantes, bares, hotéis ou até mesmo uma fábrica de bebidas, há uma maneira certa e direta de fazer uma boa gestão.

Nesse cenário, contar com boas soluções tecnológicas é o diferencial que você precisa, principalmente para controlar e mapear todos os processos da sua gestão. Com o sistema ERP, por exemplo, a rastreabilidade dos seus produtos é mais transparente e eficiente.

Assim, seus funcionários conseguem  entender onde, quando e em que estado estarão todos os itens produzidos pela empresa.

Além disso, as ações de auditoria e checagem são importantes para garantir que os padrões de qualidade sejam mantidos. Para esse objetivo, você pode contar com o Sensio ERP.

A lista de tarefas e a ordem de produção do nosso sistema é ideal para abandonar de vez o uso dos papéis, otimizar o tempo da sua equipe e digitalizar toda a rotina administrativa para que, posteriormente, seja feita uma análise descritiva dos problemas.

Nosso software entrega tudo o que é necessário para otimizar a sua gestão. Independente do segmento e do tamanho da sua empresa, é possível adaptar os recursos ao seu tipo de negócio.

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Até a próxima! 😉