No ambiente industrial, acompanhar indicadores de produção é fundamental para garantir qualidade, produtividade e redução de falhas. Ao analisar KPIs de produção e indicadores de desempenho da produção, é possível identificar gargalos e tomar decisões estratégicas.
Acompanhe este guia com os 10 principais indicadores e saiba como aplicá-los para transformar sua operação fabril.
O que são indicadores de produção? Os indicadores de produção são percentuais, taxas ou índices usados para medir de forma qualitativa e quantitativa os resultados de processos das indústrias de uma forma geral.
Essas estimativas indicam se o desempenho está atendendo às expectativas e se as metas e objetivos de qualidade estão sendo alcançados.
Uma boa métrica reflete os objetivos da empresa e é estratégica para o negócio. Afinal, dados confiáveis permitem que os gestores solucionem falhas nos processos e departamentos com mais agilidade.
Desta forma, se destacam os pontos fortes institucionais e os pontos fracos, contribuindo assim para o sucesso da organização.
A importância dos KPIs de produção para a indústria A gestão eficiente de uma fábrica depende, cada vez mais, da capacidade de transformar dados em decisões. É aqui que entram os indicadores de produção: ferramentas que ajudam a medir, comparar e otimizar cada etapa do processo produtivo.
Eles mostram mais do que números. São termômetros da performance industrial e revelam gargalos, orientam melhorias e impulsionam a competitividade. Ignorar esses dados significa operar no escuro, desperdiçando recursos e oportunidades.
Tipos de indicadores de produção industrial 1. Produção total: o ponto de partida para medir a performance Esse é o indicador mais básico, mas não menos importante. Ele mede a quantidade total de unidades produzidas em um período, seja por máquina, linha, turno ou fábrica.
Por que ele importa? Porque serve como referência para todos os demais indicadores. Comparando a produção total com a capacidade instalada, por exemplo, você já começa a identificar ociosidade, gargalos ou picos inesperados de demanda. Se a sua produção caiu 12% no último mês, mas o número de horas trabalhadas se manteve o mesmo, é hora de investigar o motivo: houve mais retrabalho? Problemas nos equipamentos? Falta de insumos?
2. OEE: o indicador que revela o quão eficiente é sua fábrica OEE (Overall Equipment Effectiveness) combina três fatores: disponibilidade , performance e qualidade . Ele mostra o quanto sua operação é realmente eficaz, ou seja, quanto do tempo total de produção está sendo usado para gerar produtos bons, no ritmo ideal.
Por que usar? Porque o OEE permite uma visão completa da eficiência produtiva. É um dos indicadores de desempenho da produção mais usados no mundo, especialmente em linhas automatizadas ou fábricas com alta rotatividade de turnos e operadores.
Risco de não acompanhar: Perder dinheiro com máquinas paradas ou operando abaixo da capacidade sem perceber.
— Leia também: Como o OEE melhora a segurança e qualidade na produção de alimentos
3. Lead Time de produção: a diferença entre agilidade e atraso Lead Time é o tempo total entre o início e o fim de uma ordem de produção. Quanto menor ele for, maior a agilidade da fábrica, o que impacta diretamente no prazo de entrega ao cliente.
Como calcular: Soma-se o tempo de preparo, processamento, movimentação interna e espera entre etapas.
Dica: Use esse indicador em conjunto com o de produtividade para ter uma visão mais estratégica. Reduzir o lead time sem perder qualidade é um sinal de maturidade operacional.
4. Refugo e retrabalho: medindo as perdas invisíveis Refugo é o que não pode ser reaproveitado e o retrabalho é aquilo que precisa ser corrigido. Ambos custam caro — em tempo, material e desgaste da equipe.
Por que monitorar? Porque essas perdas afetam a rentabilidade, a qualidade percebida pelo cliente e a reputação da indústria. Por exemplo, se 8% da sua produção mensal exige retrabalho, você está gastando o equivalente a quase 2 dias úteis em correções — tempo que poderia ser usado para produzir.
5. Capacidade instalada x utilizada: você está usando todo o seu potencial? Este indicador mostra o quanto da sua capacidade real está sendo usada. Produzir abaixo da capacidade pode indicar falta de demanda, planejamento ineficiente ou má distribuição de turnos.
Como calcular: (Unidades produzidas ÷ Capacidade total) × 100
Insight estratégico: Empresas que acompanham esse KPI conseguem antecipar necessidades de expansão ou realocação de recursos com mais precisão.
6. MTTR e MTBF: os aliados da manutenção preditiva Esses dois KPIs de produção estão relacionados à confiabilidade dos equipamentos:
MTTR (Mean Time to Repair): tempo médio de reparo após falhas.MTBF (Mean Time Between Failures): tempo médio entre uma falha e outra.Quando usar: São ideais para equipes de manutenção que querem sair do modo reativo e adotar uma abordagem preditiva. Se o MTBF esiver diminuindo mês a mês, é hora de revisar planos de manutenção antes que a linha pare por completo.
— Veja também: 10 indicadores de manutenção que toda fábrica deve medir
7. Custo por unidade produzida: controle financeiro aplicado à produção Esse indicador responde a uma pergunta essencial: quanto custa produzir cada unidade? Dessa maneira ele permite calcular margens com precisão e embasar decisões de preço.
O que considerar: Inclua matéria-prima, energia, mão de obra, horas-máquina e perdas. E use esse KPI para comparar linhas de produção. Nem sempre a linha mais rápida é a mais lucrativa.
8. Giro de estoque: o reflexo da eficiência logística O giro de estoque mede quantas vezes o estoque é renovado em um período.
Fórmula: Custo das vendas ÷ Estoque médio
Por que usar? Estoque parado significa capital imobilizado. Giro alto, por outro lado, exige bom controle de suprimentos para evitar faltas.
Quando acompanhar: Especialmente útil em indústrias que lidam com insumos perecíveis ou ciclos de produção curtos.
— Saiba mais: Estoque mínimo e máximo: como definir os ideais para sua indústria
9. Produtividade por homem/hora: avaliando a performance da equipe Esse KPI mede a quantidade de unidades produzidas por hora de trabalho. É ele que ajuda a identificar variações entre turnos, entender o impacto de treinamentos e dimensionar corretamente as equipes.
Um exemplo: em uma equipe que produz 25% mais no turno da tarde, quais fatores podem influenciar esse resultado?
10. Margem de lucro da produção: o resultado final de tudo isso Esse é o indicador que conecta produção com a rentabilidade.
Como calcular: (Receita – Custo de produção) ÷ Receita
Quando usar: Sempre. Acompanhe mensalmente para entender se os ajustes na operação estão refletindo no resultado financeiro.
Dica: Use em conjunto com o custo por unidade para ajustar sua precificação com base em dados reais e não apenas na média do mercado.
Conclusão: produção orientada por dados é produção inteligente Os indicadores de produção não são só números em um dashboard, são aliados estratégicos da sua fábrica. Acompanhar esses KPIs permite decisões mais rápidas, precisas e alinhadas com os objetivos do negócio.
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