Uma questão que não sai da cabeça do empreendedor é como voltar a faturar neste cenário de “quase” pós-crise da pandemia de COVID-19.

Apesar das medidas de flexibilização no final do ano de 2020, muitos estados estão voltando a adotar medidas de distanciamento social para evitar as novas ondas de contágio do novo coronavírus.

Dessa forma, ainda que estejamos nos acostumando ao “novo normal”, inclusive nos negócios, um novo ano se iniciou e com ele muitas dúvidas retornaram, ou pior: ainda continuam a preocupar o dia a dia dos pequenos e médios empreendedores brasileiros. 

No artigo de hoje, falaremos sobre como dar a volta por cima nessa crise econômica, começando o ano de 2021 com o pé direito. Confira nossas dicas!


1. Analise o que o seu setor vem fazendo para contornar a crise

Como sabemos, foram poucos os setores que tiveram aumento do faturamento. Segundo dados do SEBRAE, em uma pesquisa feita em abril de 2020,apenas algumas categorias de negócios não mudaram em grande escala as suas formas de funcionamento em meio ao distanciamento social e o fechamento dos comércios. 

Neste grupo, estão ramos como: Agronegócio,Artesanato e os Pet Shops e Serviços Veterinários.

Por outro lado, serviços como Academias,Comércio Varejista, Moda e Turismo, por exemplo, tiveram quedas bruscas na venda dos seus produtos e/ou serviços.

Como a pandemia impactou cada empresa de uma forma diferente, esse é o primeiro passo antes de tomar novas medidas: identificar o que as empresas do seu setor vêm fazendo para contornar os efeitos negativos nas vendas.

Uma maneira simples de fazer isso é realizando pesquisas na internet sobre empresas do mesmo setor que o seu, blogs da área e reportagens. Faça um comparativo, veja quem está ganhando e quem está perdendo e identifique quais ações (ou falta delas) cada um dos dois grupos está tomando.


2. Mude o seu jeito de vender

Após aquele grande impacto do começo da pandemia, onde o isolamento social estava bem rígido, as empresas começaram a enxergar novas maneiras de negociar e ofertar seus produtos e serviços. Isso é claro, de formas bem variadas, a depender dos setores.

Contudo, um ponto em comum que todos os estabelecimentos precisam manter é o cuidado com o caixa, evitando gastar com investimentos de risco e o principal: não correr o risco de entrar em dívidas.

A boa notícia é que o gestor, junto de sua equipe, pode encontrar novas formas de entregar os produtos ou serviços. Abaixo, nós indicamos possíveis soluções. Confira.


Informe os seus clientes

Busque mostrar aos seus clientes que eles são importantes ao seu negócio. Procure explicar como será a nova política de retirada de produtos, ou no caso de serviços, como estes itens serão oferecidos.

Utilize as mídias sociais, Whatsapp, e-mail, telefone, e quaisquer canais de comunicação que estiverem disponíveis. Quanto mais o cliente estiver informado e atualizado, maiores as chances dele se lembrar de você quando precisar de algum produto ou serviço.


Inove e agregue valor ao seu produto/serviço

Se você vende produtos, ofereça um atendimento ainda mais humanizado, objetivando demonstrar o mesmo grau de atenção que uma compra presencial demandaria.

Assim, os clientes sentem-se igualmente acolhidos por sua instituição, principalmente agora, nesse momento tão crítico que estamos passando.

No caso do comércio varejista, analise também a possibilidade de fazer entregas em domicílio, o chamado delivery. Já se o seu negócio é do ramo de serviços, lance mão da criatividade. Um bom exemplo é o atendimento individual por horário pré-definido e a visita na casa do cliente, desde que combinado com ele. E claro, seguindo todas as recomendações de segurança sanitária. 

Muitas organizações também já estão oferecendo os serviços por meio do drive-thru, no qual pode-se pegar o produto ou a comida sem sair do carro. Os restaurantes, bares e as lojas, de uma maneira geral, estão adaptando as entregas nessa modalidade.


Fortaleça a presença on-line da empresa

Aqui entram as ações de fortalecimento da sua marca nas redes sociais. Intensifique as campanhas no Facebook e no Instagram, sempre focando em um atendimento eficiente através dessas plataformas de contato.

Nunca é demais reforçar que a reputação impacta muito na tomada de decisões. Por isso, não arrisque perder clientes e ficar com uma imagem negativa referente à assistência/suporte.

Uma boa maneira de evitar esse problema é utilizar as ferramentas de chat, em especial o Facebook Messenger e o WhatsApp.

Esse último, aliás, possui uma versão para corporações, o WhatsApp Business. A vantagem desta versão comercial é que ela conta com diversos recursos para as empresas, como as respostas automáticas (agilizando o atendimento) e a amostra dos produtos através de um catálogo virtual.


Aposte em uma loja virtual

Caso esteja dentro do orçamento da organização, a utilização de um e-commerce (loja virtual) também pode ser útil. A ideia aqui é vender os produtos em plataformas de Marketplace, onde é possível o cliente reservar o produto e retirar na loja física. 

Caso o caixa da empresa não permita, não se preocupe. Há diversas ferramentas gratuitas ou que demandam um baixo investimento. Três bons exemplos aqui são o Elo7, o Mercado Livre e o próprio Facebook Marketplace (neste último o pagamento precisa ser combinado fora do site).

Até mesmo grupos de Whatsapp e sua lista de contatos podem servir como uma ferramenta poderosa de encontrar clientes e ofertar seus produtos e serviços. Encontre os canais de distribuição que mais se adequam à sua estrutura de negócios e não tenha medo de arriscar: você pode encontrar uma mina de ouro.

 

Mostre que o seu negócio está seguindo as medidas de segurança

Não é raro vermos casos de pessoas que evitam a todo custo saírem de casa por medo de se contaminar ou trazer o vírus para dentro de suas casas. E isso é normal com a insegurança generalizada causada por ambientes com muitas pessoas.

Você já parou para pensar se o seu estabelecimento está seguindo à risca com todas as medidas de prevenção? Não estamos falando apenas de máscara e álcool em gel. 

O enfoque neste caso deve ser o de reforçar todo o cuidado com os itens físicos e os novos hábitos higiênico-sanitários que a sua empresa adotou. Afinal, quando o cliente confia na integridade da empresa, fica muito mais fácil que ele adquira seus produtos e/ou serviços, concorda?

Os municípios e estados estão definindo normas e protocolos para as empresas, variando por setor. Fique atento e cumpra todas as diretrizes. Desrespeitar essas normas pode resultar em multas, fechamentos e um grande dano à sua reputação com os clientes, causando quedas nas vendas.


3. Determine o que pode ser continuado no pós-crise

Agora que você já sabe o que pode ser feito para contornar esse período turbulento, é momento de fazer um balanço do que foi perdido e o que também foi tirado de positivo, com o propósito de planejar-se para futuras crises econômicas. 

Afinal, quando falamos de qualquer empreendimento, imprevistos acontecem, não é mesmo?

Portanto, reveja seu plano de negócio, os produtos que os clientes mais adquiriram, como eles reagiram a cada medida adotada etc. 

Assim, será possível fazer um planejamento a longo prazo e, diferente da pandemia atual, que pegou a todos de surpresa, será possível tomar ações com mais confiança e de forma a ganhar a recuperação do negócio em um menor espaço de tempo e com os recursos mais adequados.

Até porque, se tem uma coisa que o empresário brasileiro precisou fazer foi se adaptar e testar inúmeras soluções - algumas deram muito certo e outras fracassaram.

O bom de tudo isso, é que agora, caso novas crises surjam, os gestores já têm um pouco de experiência quanto ao que de fato pode dar ou não certo para seus negócios.

 

 

4. Foque em uma gestão mais informada e eficiente da empresa

Em um momento de crise, uma gestão eficiente dos recursos da empresa é ainda mais fundamental do que o normal.

Tenha controle estrito da saúde financeira do seu negócio. Mesmo que a maioria das pequenas empresas não conte com reservas de recursos financeiros, é de extrema importância que você saiba administrar seu fluxo de caixa.

Controle os gastos, analise as saídas futuras e planeje com base em um cenário de baixas receitas. A previsão de fluxo de caixa é uma ferramenta que pode significar a diferença entre a sobrevivência ounão de uma empresa em período de crise.

Analise também os produtos que vendem mais, quais clientes continuaram mantendo os níveis normais de compra e quais caíram, para que você possa direcionar seus esforços, como campanhas de marketing e descontos.

Quanto mais informações você coletar e analisar, mais capaz será de tomar uma decisão adequada. Um bom sistema de gestão pode te auxiliar a realizar todas essas análises, com dashboards e relatórios que te dão uma visão geral e detalhada das operações da sua empresa.

Conclusão

O que pudemos perceber é que não há uma solução única e simples para todos os negócios, ou seja, cada estabelecimento precisou e vai precisar continuar se reinventando conforme a situação do seu setor.

Então, o ideal é que cada dono de negócio saiba identificar as novas demandas do mundo pós-crise, uma vez que o mundo em geral não será o mesmo, e com os negócios não será diferente.

Conversar com seus clientes e tentar entender os medos, as demandas e a nova realidade deles é fundamental para criar empatia e permitir que você consiga tomar decisões se baseando no que é melhor para o seu mercado.


De forma geral, a palavra de ordem é a REINVENÇÃO. 

Descobrir as novas necessidades do seu público consumidor e conseguir satisfazer essas demandas, dentro do possível e com os recursos disponíveis, é a maneira mais adequada de continuar ofertando seus produtos e/ou serviços, sejam eles na forma tradicional ou de maneira adaptada. O Sensio ERP pode te ajudar nessa jornada, com um sistema de gestão simples e inteligente, para você tomar as melhores decisões para seu negócio e ainda contar com um exclusivo sistema de Inteligência Artificial com recomendações personalizadas de produtos para seus clientes.