As tendências da indústria 4.0 continuam acelerando mudanças nas operações industriais, especialmente entre empresas de médio porte que buscam competir em ambientes digitalizados. 

A combinação entre automação, conectividade e análise avançada de dados eleva o papel do ERP como o centro estratégico da tomada de decisão. Isso ocorre porque a digitalização industrial cresce de forma consistente. 

De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), indústrias que avançam em digitalização reduzem custos operacionais em até 40% e aumentam a eficiência por meio da integração entre sistemas, IIoT e inteligência de dados. 

Nesse cenário, entender as tendências de tecnologia da indústria 4.0 se torna essencial e, a seguir, você verá quais as mais relevantes para 2026, porque elas importam e como afetam diretamente os modelos de ERP disponíveis hoje.

1. ERP como centro de dados para IIoT e automação inteligente

A integração entre ERP e dispositivos IIoT se consolida como uma das tendências da indústria 4.0 mais estratégicas para 2026. Isso ocorre porque o IIoT coleta dados operacionais em tempo real, como velocidade de produção, consumo de insumos e status de máquinas, enquanto o ERP transforma essas informações em análises acionáveis.

Com a expansão do IIoT no Brasil — prevista para crescer mais de 15% até 2033, segundo estimativas do Relatório da Indústria MenaFn — o ERP deixa de ser apenas um sistema de gestão para se tornar um hub de dados completo. Dessa forma, as empresas passam a:

  • Monitorar performance de máquinas com alertas automáticos.
  • Criar planos de manutenção preditiva baseados em padrões.
  • Reduzir desperdícios por meio de análises em tempo real.
  • Aumentar o controle dos custos de operação.

Esse movimento fortalece a análise de tendências na indústria da tecnologia e prepara as operações para decisões mais rápidas e estratégicas.

2. Inteligência Artificial aplicada a previsões e planejamento

A IA se torna uma camada crítica para análises avançadas, previsão de demanda e otimização de recursos. Diferentemente de análises tradicionais, os algoritmos conseguem identificar padrões não óbvios e prever cenários com antecedência.

A IA integrada ao ERP impacta diretamente o planejamento industrial e entrega ganhos como:

  • Previsões mais precisas de demanda e estoque.
  • Detecção antecipada de gargalos na produção.
  • Planejamento de compras orientado por dados.
  • Simulações rápidas para cenários de risco.

Um levantamento publicado pelo Institute for Business Value (IBM) mostra que 67% dos CEOs brasileiros estão adotando ativamente agentes de IA em suas empresas acima da média global de 61%. Esse avanço reforça que a adoção de um ERP moderno não é mais uma questão de eficiência, mas um movimento estratégico.

3. Digital Twins aplicados ao planejamento e controle de produção

Entre as tendências de tecnologia da indústria 4.0, os gêmeos digitais (Digital Twins) se tornam mais acessíveis para empresas de médio porte. A tecnologia cria uma réplica virtual do ambiente produtivo e permite testes sem impacto na linha real.

Os Digital Twins reduzem riscos e custos ao permitir que gestores testem e, devido a isso, ganham força nos próximos anos:

  • Mudanças no layout produtivo.
  • Aumento de turnos ou volume de produção.
  • Substituição de máquinas ou processos.

Quando integrados ao ERP, os resultados das simulações geram relatórios imediatos para tomada de decisão. Mesmo que hoje pareça uma tecnologia avançada, a redução de custos em sensores e cloud torna o recurso mais viável para empresas brasileiras.

4. Expansão da manufatura avançada e interoperabilidade entre sistemas

Outra forte tendência envolve a interoperabilidade entre sistemas de chão de fábrica, ERP e plataformas externas. A indústria precisa de ambientes integrados para evitar retrabalhos e garantir que os dados circulem de forma inteligente.

Com a entrada de novas máquinas conectadas e sensores mais precisos, cresce a necessidade de um ERP capaz de:

  • Integrar MES, PCP e BI sem gargalos técnicos.
  • Padronizar dados de diferentes equipamentos.
  • Criar painéis estratégicos unificados.

5. Segurança cibernética integrada ao ERP como prioridade estratégica

Com mais dispositivos conectados e dados sensíveis circulando entre sistemas, a segurança chega ao topo das prioridades. No Brasil, ataques cibernéticos cresceram em 2025, e cerca de 80% das empresas no país sofreram ao menos um incidente cibernético nos últimos 12 meses, afetando principalmente ambientes industriais com baixa maturidade digital.

Os ERPs modernos oferecem camadas de segurança que incluem:

  • Criptografia de ponta a ponta.
  • Controle granular de acesso.
  • Monitoramento contínuo e logs centralizados.
  • Adoção de padrões internacionais de segurança.

Ao combinar ERP, IIoT e IA, a estrutura precisa garantir que os dados estratégicos permaneçam íntegros, confiáveis e disponíveis.

6. Data-driven manufacturing como nova cultura operacional

A cultura orientada a dados também se solidifica como base das indústrias competitivas. Esse movimento incentiva equipes a analisar métricas reais antes de tomar decisões, reduzindo achismos e aumentando a assertividade.

O ERP centraliza dados de produção, estoque, compras, financeiro e qualidade, permitindo análises completas. Quando a empresa evolui nesse sentido, ela:

  • Enxerga o impacto real de cada decisão.
  • Padroniza indicadores operacionais.
  • Aumenta a previsibilidade financeira.
  • Evita decisões reativas e emergenciais.

Assim, cresce também a busca por ERPs que facilitem a criação de relatórios completos e personalizáveis.

Saiba mais: 7 indicadores de qualidade essenciais para monitorar em sua fábrica

Conclusão

As tendências da indústria 4.0 para 2026 reforçam um cenário no qual conectividade, automação e inteligência de dados se tornam pilares centrais das operações industriais. ERPs modernos assumem papel decisivo nesse contexto ao integrar informações, automatizar fluxos e permitir análises avançadas que geram vantagem competitiva. 

Se você deseja acelerar a digitalização da sua operação, vale conhecer como o Sensio ERP transforma dados em decisões com relatórios completos e inteligência aplicada ao seu processo produtivo.

Perguntas frequentes

O que diferencia a indústria 4.0 das anteriores?
A principal diferença está na integração entre sistemas, automação inteligente e uso intensivo de dados em tempo real.

Toda empresa precisa de IIoT para aplicar à indústria 4.0?
Não, mas sensores e coleta de dados aceleram a maturidade digital e aumentam o valor das análises.

ERP e MES são a mesma coisa?
Não. O ERP integra áreas da empresa, enquanto o MES controla o chão de fábrica.

A indústria 4.0 exige máquinas novas?
Nem sempre. Muitas empresas instalam sensores e conectores para modernizar equipamentos existentes.

IA substitui o planejamento humano?
Não. Ela amplia a capacidade de análise e melhora previsões, mas depende da interpretação humana.

Quando vale atualizar um ERP?
Quando o sistema não integra dados, limita análises ou não acompanha a evolução operacional.

O ERP precisa estar em nuvem para acompanhar essas tendências?
Soluções em nuvem oferecem escalabilidade, segurança e integrações mais rápidas.

Indústrias menores também se beneficiam da indústria 4.0?
Sim. Mesmo operações menores conseguem reduzir custos e ampliar previsibilidade.

Segurança cibernética é responsabilidade só do TI?
Não. A segurança depende de políticas, processos e sistemas robustos como ERPs atualizados.