A teoria das restrições (TOC) é uma abordagem de gestão que visa identificar e gerenciar os gargalos que limitam a produtividade em um processo produtivo. Para maximizar a eficiência e melhorar o desempenho da produção, a TOC implementa os conceitos de tambor, pulmão e corda (drum-buffer-rope, ou DBR) na gestão de produção.

Sua aplicação é fundamental para identificar os gargalos e tomar medidas proativas para minimizar seu impacto. Ao incorporar os conceitos de tambor, pulmão e corda, a TOC oferece uma abordagem prática e eficaz para otimizar a produção e atender às demandas do mercado eficientemente.
O conceito de "tambor" refere-se à restrição de produção, ou seja, o ponto que determina a capacidade produtiva da fábrica. Identificar e gerenciar o tambor é essencial para maximizar a utilização dos recursos e garantir uma produção contínua e eficiente.

O "pulmão" é o estoque de segurança que atua como amortecedor entre o tambor e a demanda do mercado. Gerenciar o pulmão de forma eficaz é crucial para suavizar as variações na demanda e manter um fluxo constante de produção.

Por fim, a "corda" representa a sincronização do processo produtivo com a demanda do mercado. Ao utilizar a corda para alinhar a produção com as necessidades do mercado, as empresas podem reduzir o tempo de ciclo e melhorar a flexibilidade para atender às demandas dos clientes.
A aplicação dos conceitos de tambor, pulmão e corda, juntamente com a teoria das restrições, permite às empresas identificar e gerenciar eficientemente os gargalos, minimizar o desperdício e maximizar a utilização dos recursos disponíveis.

Aprofunde seu entendimento sobre como a aplicação dos conceitos de tambor, pulmão e corda, juntamente com a teoria das restrições, permite às empresas identificar e gerenciar eficientemente os gargalos, minimizar o desperdício e maximizar a utilização dos recursos disponíveis. 

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O que são tambor, pulmão e corda?

Tambor, pulmão e corda são termos que têm diferentes significados dependendo do contexto em que são utilizados. No âmbito da música e da percussão, o tambor é um instrumento de percussão formado por uma pele esticada em volta de um cilindro, que pode ser tocado com baquetas ou com as mãos.

Já o pulmão é um órgão do sistema respiratório dos seres humanos e de outros animais, responsável pela troca gasosa do organismo. 

Por fim, a corda pode se referir tanto a um instrumento musical, como violino ou violão, cujo som é produzido a partir da vibração de cordas esticadas, como também pode ser utilizada em referência a cordas utilizadas em atividades esportivas, como alpinismo ou escalada.

Adicionalmente, a expressão tambor-pulmão-corda pode ser vinculada a produtos ou sistemas que apresentam funcionalidades correlacionadas a esses elementos. 

Por exemplo, na programação de computadores, o termo "tambor" pode ser empregado em relação à memória, o "pulmão" pode referir-se à unidade central de processamento (CPU), e a "corda" pode estar associada a uma estrutura de dados utilizada para armazenar e manipular sequências de caracteres.

Nesse contexto, a programação tambor-pulmão-corda pode se relacionar com a criação e desenvolvimento de sistemas que utilizam esses elementos para o armazenamento e processamento de informações.

Qual a diferença entre DBR e S-DBR?

A principal diferença entre DBR (Drum-Buffer-Rope) e S-DBR (Simplified Drum-Buffer-Rope) está na forma como cada um é implementado e no nível de complexidade envolvido. 

O DBR é uma abordagem mais ampla e sistêmica para gerenciar operações de produção, que consiste em identificar o gargalo do sistema (o "drum"), determinar a capacidade de buffer necessária para manter o fluxo contínuo de materiais e, em seguida, controlar o início e o término do trabalho com base nessas restrições. 

Já o S-DBR simplifica o DBR, focando no buffer e seu gerenciamento. Enquanto o DBR considera diferentes sub-sistemas e suas interações, o S-DBR simplifica esse processo, tornando-o mais fácil de entender e implementar.

Além disso, o DBR considera a capacidade do gargalo como um recurso de programação, enquanto o S-DBR considera a quantidade ideal de buffer para garantir um fluxo contínuo, sem se preocupar com a capacidade do gargalo em si. 

Em termos de desempenho, ambos os métodos têm o objetivo de melhorar a eficiência e a produtividade das operações, reduzindo tempos de espera e atrasos, minimizando o estoque em processo e maximizando a utilização dos recursos.

No entanto, a diferença na abordagem pode influenciar a eficácia de implementação de cada método em diferentes contextos. Enquanto o DBR pode oferecer uma visão mais completa e integrada das operações e interações do sistema, o S-DBR pode ser mais rápido e simples de implementar, especialmente em ambientes com sistemas produtivos menos complexos. 

Em suma, a escolha entre DBR e S-DBR dependerá das necessidades e da complexidade de cada operação, sendo importante considerar a capacidade de implementação e o potencial de melhoria de desempenho.

O passo a passo da teoria das restrições (TOC)

A teoria das restrições é uma abordagem gerencial desenvolvida por Eliyahu M. Goldratt para identificar e gerenciar as limitações que impedem uma organização de atingir seus objetivos. O modelo segue um passo a passo que inclui várias etapas. 

A primeira delas é identificar o problema, ou seja, o gargalo que está impedindo a organização de alcançar seu pleno potencial. Isso pode ser um recurso limitado, um processo lento ou qualquer outra área que esteja causando atrasos.

Uma vez identificada, a próxima etapa é decidir como explorá-la, ou seja, como garantir que o recurso limitado seja utilizado eficientemente para maximizar o desempenho global da organização. Isso pode envolver a realocação de recursos, mudanças nos processos ou até mesmo a adição de capacidade extra onde necessário.

Em seguida, é importante subordinar todas as decisões e ações ao que foi identificado. Isso significa garantir que todas as atividades e processos sejam planejados considerando a capacidade da restrição, para evitar congestionamentos e gargalos. 

É necessário elevar a restrição, ou seja, tomar medidas para aumentar a capacidade do recurso limitado, seja por meio de investimento em novas tecnologias, treinamento de pessoal ou qualquer outra ação que ajude a aumentar a produtividade desse recurso. A última etapa do processo é a repetição contínua.

A melhoria contínua é um aspecto fundamental da teoria das restrições, e as etapas do processo devem ser revisitadas regularmente para garantir que a organização continue a identificar e superar novas restrições à medida que evolui. 

Seguir o passo a passo da teoria das restrições pode ajudar as organizações a maximizar a eficiência, identificar problemas e implementar soluções práticas para alcançar seus objetivos.

Recapitulando de maneira resumida:

  1. Identificar a restrição do sistema.
  2. Explorar ao máximo a restrição do sistema.
  3. Subordinar o resto à política de exploração do sistema.
  4. Elevar a restrição do sistema.
  5. Voltar ao primeiro passo, evitando que a inércia se torne uma restrição.

Como um software de gestão industrial pode ajudar a implementar tambor-pulmão-corda?

Um software de gestão industrial pode ser uma ferramenta fundamental para a implementação do conceito de tambor-pulmão-corda em uma operação. 

Esse tipo de sistema é projetado para gerenciar e monitorar todos os processos industriais, desde o planejamento da produção até a entrega do produto final.

Com uma plataforma de gestão, é possível ter uma visão global e em tempo real de toda a cadeia produtiva, facilitando a identificação dos gargalos e desequilíbrios entre as diferentes etapas do processo. 

Isso é essencial para a implementação do conceito de tambor-pulmão-corda, que visa equilibrar a produção conforme a demanda do mercado.
Ela também pode auxiliar na programação da produção de forma mais eficiente, garantindo que os estoques não fiquem excessivos, que a produção não seja interrompida por falta de matéria-prima ou de capacidade de mão-de-obra. 

Através da análise de dados e indicadores de desempenho, o software pode fornecer insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas, permitindo ajustes rápidos e precisos para atender às demandas do mercado.

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Considerações finais

O uso do tambor, pulmão e corda pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho da sua fábrica. Essa metodologia, desenvolvida pela teoria das restrições, visa otimizar o fluxo de produção, identificando e eliminando gargalos que prejudiquem as produtivas.

O tambor representa a restrição mais crítica do processo, ou seja, o ponto que determina a capacidade de produção da fábrica. O pulmão atua como um buffer, gerenciando os estoques para proteger a restrição e manter um fluxo constante de materiais. 

Já a corda é responsável por puxar a produção conforme a capacidade do tambor, evitando a sobrecarga e garantindo a continuidade do processo.

Ao adotar essa metodologia, as empresas conseguem identificar e resolver rapidamente os gargalos, reduzir o lead time, minimizar o estoque em processo, aumentar a produtividade, e, consequentemente, melhorar a performance geral da fábrica.

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