Rebranding é a criação de uma nova percepção sobre determinada marca, que seja mais relevante de acordo com a realidade atual – considerando meios tecnológicos, experiência do usuário e outros aspectos.  

É muito comum que as pessoas confundam o seu significado com uma simples alteração, como substituir o logo ou a identidade visual da empresa. 

Todavia, apesar das mudanças nesses aspectos também constituírem a estratégia para reposicionamento de marca, como também pode ser chamado, o significado vai além. 

Por exemplo, todo e qualquer elemento que compõe a identidade de uma empresa (e não só a visual) são levados em consideração. O objetivo é entender com mais clareza para onde ela quer caminhar e como irá trilhar essa jornada dentro do mercado.

A partir disso, vários pontos podem ser redefinidos, tais como: 

  • Conceito;
  • Linguagem;
  • Nome;
  • Foco (de produtos, de público, etc);
  • Logotipo.

Preparamos esse artigo para te ajudar a entender um pouco mais sobre esse assunto. confira!

Qual a importância do Rebranding?

A globalização aumentou a competitividade, e demonstrar diferencial de marca passou a ser necessário, assim como ter um propósito que vá além de um posicionamento.

Assim, independente de qual for o seu motivo, saber o momento certo de mudar a estratégia de gestão da sua marca e se reposicionar é importante para continuar competitivo no mercado.

Quando uma marca consegue se conectar verdadeiramente com seu consumidor através do seu propósito, a percepção de preço pode mudar. 

De acordo com a pesquisa realizada por Ana Couto Branding, 67% dos entrevistados disseram estar muito dispostos a comprar um produto de uma marca que se conecte com eles a partir de um propósito comum e se dispõem a pagar mais por isso, pois enxergam valor real nessa aquisição.

Seja para alavancar o crescimento de uma marca ou para redefinir seus posicionamentos, o rebranding funciona como uma verdadeira reorientação na forma de comunicar. Ele aparece como uma solução para manter uma empresa viva não só financeiramente, mas também presente na memória dos consumidores. 

Como saber se preciso ou não

O rebranding é um processo complexo, que tem impacto direto em grandes e pequenas empresas. 

Ao iniciar suas etapas, você deve ter ciência dos motivos que o levaram a implementar esse método em seu negócio. A seguir veremos as principais razões para considerar o seu  rebranding. São eles:

Novo modelo de negócio

Empresas que alteram a linha de atuação, substituem ou adicionam novas opções entre os serviços oferecidos ou mudam o público-alvo de seus produtos podem fazer um reposicionamento para demarcar essas mudanças.

Se houver um reposicionamento de mercado

O reposicionamento envolve a mudança da marca existente de uma empresa ou do status do produto no mercado. 

Se você decidir reposicionar seu produto para atingir um segmento de mercado completamente novo por meio de nova embalagem, tamanho, sabor, canais promocionais, preço ou local, é aconselhável pensar em rebranding.

Esse processo é fundamental quando uma empresa tem uma imagem fraca ou desatualizada, exige mudanças estratégicas globais ou precisa de um novo público-alvo. 

Quando você deseja melhorar a reputação da marca

Um escândalo nas mídias sociais, baixa qualidade de produtos ou vazamento de dados podem resultar em uma reputação manchada.

Mas é Claro! Isso tem um impacto negativo em sua empresa e seus clientes. Mudanças reais dentro da empresa podem ajudar a eliminar associações negativas que surgem na mente das pessoas e reconquistar a confiança dos clientes.

Se ocorrer uma fusão ou venda de empresas

Se duas empresas unirem forças e se tornarem uma, você tem uma fusão. Para mostrar as melhores qualidades de cada negócio, ganhar a confiança dos clientes, desenvolver o reconhecimento da marca e evitar confusões, é necessária uma atualização.

Uma fusão permite que sua empresa entre em novos mercados, use recursos financeiros de forma eficiente, obtenha mais lucro, nova gestão e muito mais. 

Esse processo também influencia os consumidores, pois resulta em melhor atendimento ao cliente, produtos de maior qualidade e preços mais baixos.

Quando você quer se internacionalizar ou explorar novos mercados

Quando uma empresa entra nos mercados internacionais, muitas vezes recorre ao rebranding para obter crescimento diferenciado e ganhos financeiros. 

Para se conectar com novos locais, as empresas criam um novo nome de empresa e um logotipo que identifica que sua marca é única, fácil de lembrar e pode ser compreendida em outros países.

Se houver uma mudança na liderança. As empresas estão ligadas aos seus líderes. Se uma marca muda de mãos para um proprietário externo, uma nova identidade é uma forma de enfatizar a transição.

Como fazer?

Dê uma olhada nas etapas a seguir para implementar essa estratégia em seu negócio.

1. Redefina seu público-alvo e mercado

Realize pesquisas para entender seu público-alvo, o que seus concorrentes estão fazendo, o que é único em sua marca e como ela difere de outras empresas do mesmo setor.

Além disso, identifique seus compradores reais e suas preferências. Compare esses dados com seu mercado e público-alvo inicial para descobrir algumas diferenças. Assim que você conseguir definir seu mercado e público reais, você pode continuar implementando sua estratégia.

2. Repense sua visão, missão e valores

Toda empresa tem três elementos principais que é preciso avaliar: missão, visão e valores. Analise cada um deles para entender o que está acontecendo de errado.

Visão. A visão dá direção à sua marca e define as ações que sua empresa precisa realizar. Com o tempo, a visão do seu negócio pode mudar, e isso é totalmente normal. No entanto, é essencial redefinir sua visão assim que isso acontecer para garantir que seus funcionários estejam se movendo na direção certa e tomem decisões de acordo.

Missão. Isso define o propósito da sua empresa. Sua missão descreve seus principais consumidores, os produtos que você produz e sua localização. É o roteiro do seu negócio. À medida que sua missão muda, sua mensagem também requer mudanças.

Valores. Os valores da sua empresa explicam por que você está trabalhando em direção à sua visão e por que está comprometido com sua missão. À medida que as marcas evoluem, elas podem mudar seus antigos valores. Então você precisa refletir seus novos valores para mostrar seu foco principal.

3. Reconsidere o nome da sua empresa

É claro que mudar o nome de uma empresa é um passo sério, pois pode custar o reconhecimento da marca e o tráfego orgânico. No entanto, se você está pensando seriamente em mudar o nome da sua marca, certifique-se de ter um plano de recuperação após a mudança de marca.

Em geral, se o nome da sua empresa ainda estiver alinhado com sua missão, visão e valores, é melhor mantê-lo. No entanto, se não corresponder à sua identidade, é aconselhável modificá-lo. Certifique-se de que seu novo nome de marca transmita sua mensagem, seja fácil de soletrar e cativante. O nome certo também suporta seus objetivos e crescimento de negócios.

4. Revise o slogan da sua marca

Seu objetivo aqui é criar um slogan que comunique a missão, a visão da sua empresa e também seja memorável. Considere alterá-lo com cuidado, pois destaca o propósito da sua marca.

Com certeza, os clientes se lembram de slogans cativantes de marcas famosas como “Just do it” da Nike ou “Porque você vale muito” da L’Oreal. Para criar um ótimo slogan, considere fornecer instruções, fazer uma afirmação, ser metafórico ou usar linguagem poética.

Para ajudá-lo a criar um ótimo slogan para sua marca, aqui estão algumas dicas simples:

  • mantenha-o curto, simples e claro;
  • use sua proposta de valor exclusiva;
  • ser consistente;
  • garantir que ele possa resistir ao teste do tempo;
  • considere seu público-alvo e mercado.

5. Restabeleça a identidade da sua marca

Há várias coisas que você pode considerar mudar na identidade da marca da sua empresa, como seu logotipo, formas, imagens, cores ou diretrizes. Aqui estão várias mudanças que você precisa.

Se você teve algumas mudanças internas em sua empresa e deseja demonstrá-las, considere desenvolver um novo logotipo. O mesmo serve para as cores que representam a sua marca e a mensagem que ela quer passar.

Depois de decidir alterar qualquer elemento visual de sua marca, pense em modificar formas, ícones e imagens para manter tudo coeso. Além disso, certifique-se de que suas imagens e formas suportem a mensagem da sua marca.

Depois de planejar todas essas mudanças, é hora de testá-las.

Não deixe de avaliar a aceitação de todas as mudanças antes de tomar as grandes decisões. Envolva pessoas de diferentes áreas da empresa e use o feedback delas para fazer com que o novo branding da empresa seja eficaz e absorvido por todos. Se possível, teste também com um grupo de clientes ou do seu público-alvo. Para isso, você já deve imaginar, é só fazer uma pesquisa de mercado!

Os 3 tipos de Rebranding: parcial, evolutivo ou radical

Nem todos os processos de reposicionamento de marca são exatamente iguais. É possível criar ações que modificam completamente a imagem de uma empresa, ou apenas em partes.

Abaixo, você vai conhecer  quais são os principais tipos de rebranding.

1 – Rebranding parcial

O rebranding parcial acontece quando uma marca não modifica completamente os fatores que a identificam, mas altera alguns elementos. Dessa forma, não há uma completa desassociação por parte do cliente, mas a mudança é perceptível.  Nessa situação, pode-se manter o nome, mas mudar o logo ou a identidade visual, por exemplo.

2 – Rebranding evolutivo

O rebranding evolutivo ocorre quando são realizadas pequenas alterações ao longo do tempo. Esse caso é pensado especialmente para que as pessoas se acostumem com as mudanças, que, muitas vezes, passam despercebidas ou até mesmo espere por elas. 

Um bom exemplo é a Apple, que não realiza mudanças significativas em sua marca, mas, de tempos em tempos, costuma alterar sua identidade visual de acordo com as atualizações de software. 

3 – Rebranding revolucionário ou radical

Nesse último tipo, há uma modificação geral no branding da empresa. As alterações podem envolver até mesmo novos nomes e logotipos totalmente inéditos e, geralmente, acontece quando há fusão de empresas ou reinvenção de identidades visuais. 

Livros sobre Branding que você precisa ler

Branding para Empreendedores

Este livro é interessante porque, diferentemente da maioria das obras desta lista, foi escrito por um brasileiro com muitos anos de experiência no mercado do país.

Bedendo não é apenas um especialista em branding academicamente, mestre em Estratégia de Marketing pela FGV e lecionando na FAAP, ESPM e Insper, mas também profissionalmente, tendo passado mais de uma década como gerente de marca e marketing nessas gigantes como Bauducco e Unilever.

Como essa formação e experiência se complementam, o trabalho combina teoria e prática de forma fácil de entender e simples de aplicar. Seja seu objetivo criar uma marca do zero ou reposicionar uma já existente, tenho certeza de que a leitura fornecerá informações valiosas.

On Branding

David Aaker é considerado um Guru do Branding. É professor emérito na Universidade da Califórnia, Berkeley, e é autor de vários livros e artigos sobre marcas e suas estratégias de gestão.

No On Branding, a linguagem é simples e a leitura pode ser feita por tópico (dependendo do que você quer saber primeiro) ou de forma linear. Este livro abrange 20 princípios que Aaker acredita que ajudam a construir marcas fortes.

Gestão estratégica de marcas

Escrito por Kevin Lane Keller, professor de Marketing que já lecionou em instituições renomadas como Stanford e Berkeley, o livro é referência sobre o tema.

O professor da ESPM Marcos Machado, fundador do comitê de Branding da ABA, foi responsável por adaptar este trabalho para o Brasil e fornecer uma ferramenta de gestão de marca mais completa para o mercado brasileiro.

Leitura obrigatória para profissionais de marketing e comunicação, este livro é um clássico. Está sempre presente na bibliografia das disciplinas e cursos de gestão de marcas, não apenas para gestores e empreendedores, mas também para estudantes e ambientes acadêmicos. É ideal para quem busca mais suporte teórico para tomar uma decisão.

Conclusão

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