Um dos maiores desafio das indústrias siderúrgicas é garantir que o sistema de gestão qualidade seja eficiente e funcione plenamente, de acordo com as necessidades da empresa.

Esse controle precisa ser amplo, abrangendo todas as etapas de produção para garantir a satisfação dos clientes. Neste artigo, trataremos esse assunto e as boas práticas para fabricação de ferro e aço. Confira!

O que é um Sistema de Gestão de Qualidade

Um sistema de gestão de qualidade, também conhecido SGQ, é uma estratégia usada para orientar, administrar e conscientizar todos os departamentos de uma instituição, conforme as demandas e processos internos, garantindo mais eficiência durante as etapas produtivas.

Essa metodologia envolve todas as rotinas administrativas, incluindo estruturas documentais dos produtos e serviços oferecidos, como Lista de Material Boom, checklist de produção e inventário de estoque.

Em indústrias que lidam com matérias tóxicos e pesados, como as siderúrgicas, também será necessário dar atenção para área da saúde, que envolve a segurança dos consumidores e dos operários.

Etapas do Sistema de Gestão da Qualidade

Após a implementação da SGQ, os gestores e os demais times visualizam de forma sistêmica as atividades responsáveis pela transformação de meterias-primas em ferro ou aço. Assim, será mais fácil mapear quais são os pontos de melhorias, atendendo a padrões específicos de qualidade.

Existe um regulamento que orienta os fundamentos desse sistema, a ABNT NBR ISO 9000, cujos princípios veremos mais adiante: foco no cliente, liderança, engajamento da equipe, dentre outros.

Mas, antes de definirmos esses conceitos, mostrando como eles impactam o dia a dia das indústrias, é interessante conhecer as etapas envolvidas nesses processos:

  • qualificação e certificação da cadeia de abastecimento;
  • entrada de matérias-primas na unidade fabril;
  • amostragem e análise;
  • análise de controle de qualidade;
  • manter os materiais em estoque;
  • pedidos de produtos;
  • separação de materiais;
  • liberação das áreas de produção;
  • produção siderúrgica;
  • controle do processo;
  • análise produtos semiacabados;
  • manipulação do produto após o controle de qualidade físico-químico;
  • fechamento de ordens de produção para garantia de qualidade;
  • disposição do material no sistema ou processo de tomada de decisão pela área de controle e garantia da qualidade.
  • estudos de estabilidade;
  • armazenamento (por exemplo, localização, data de validade, temperatura);
  • distribuir;
  • verificação da transmissão;
  • satisfação do consumidor final;
  • Atendimento ao cliente;
  • investigar e tratar reclamações técnicas e comerciais.

Nesse sentido, vemos que o SGQ está presente em diferentes etapas e para todos os setores de uma empresa, promovendo engajamento e comprometimento com responsabilidades mais complexas.

Como funciona?

Para implementar e obter eficiência com a gestão de qualidade é importante padronizar algumas etapas conforme as diligências da ISO, assim como a estruturação de documentos, atividades e processos.

A partir disso, as áreas responsáveis por essa implementação precisarão se prepara para tirarem a certificação ISO 9001:2008, o reconhecimento de que a empresa garante qualidade dos produtos para seus clientes.

Vale ressaltar que as boas práticas do regulamento, garante a redução de expressivas falhas, tais como não conformidade dos serviços ou produtos oferecidos, aumentando sua recorrência no mercado. Além dessas vantagens podemos citar:

  • aumento da competitividade;
  • mais credibilidade no mercado;
  • processos otimizados;
  • produtos/serviços oferecidos com mais qualidade.

Gestão da Qualidade na ISO 9001

Essa é a parte que falamos anteriormente. Aqui, mostraremos um pouco mais sobre cada um dos 7 princípios da Qualidade Total de uma empresa:

  • Foco no Cliente: esse princípio visa atender plenamente as necessidades do cliente, sejam elas atuam ou futuras, superando todas as expectativas;
  • Liderança: a liderança é fundamenta, pois, direciona e incentiva os colaboradores a aumentarem sua produtividade. Por isso, cabe aos líderes criar e manter um ambiente saudável e segura, visando os objetivos da organização;
  • Engajamento das Pessoas: a SGQ maximiza o envolvimento de todas as equipes, desde das estratégias até as operacionais, compreendendo as habilidades individuais e utilizando esse conhecimento para compor melhores estratégias organizacionais;
  • Abordagem por Processos: esse é o princípio que fornece a visão sistêmica para a SGQ, mostrando o funcionamento de toda a empresa e aumentando o alcance dos resultados esperados;
  • Melhoria contínua: para manter a qualidade de seus produtos e atender todas as necessidades da empresa, é fundamental traçar estratégias para encantar os clientes. Essa etapa terá como base a melhoria contínua de processos, de modo que as empresas evitem atraso nas entregas, produtos com defeitos e outros problemas relacionados a jornada do consumidor. O Método Heard é um bom exemplo para isso;
  • Tomada de decisões baseadas em fatos: tomar decisões baseadas em dados aumenta a probabilidade de resultados positivos. Por isso, é importante contar com recursos que facilitam e automatizam as análises de informações, monitorando toda a cadeia produtiva;
  • Gestão dos Relacionamentos: é preciso desenvolver alianças estratégicas, parcerias, pois isso facilita o relacionamento com os fornecedores, beneficiando todas as partes de uma negociação.

Boas práticas para SGQ

Além dos princípios da Gestão de Qualidade, as indústrias podem contar com ferramentas operacionais para aumentar o nível organizacional, melhorando as estratégias e ações adotadas internamente.

Existem 7 ferramentas básicas para Gestão de Qualidade, que podem ser usadas por qualquer pessoa com pouco conhecimento em estatística. Esses recursos foram identificados a partir da sua utilidade e eficiência em temas relacionados à qualidade. São eles:

  • Cartas de controle: é um tipo de gráfico utilizado para acompanhar processos, que determina estatisticamente os limites de controle pela linha superior (limite superior de controlo), a linha inferior (limite inferior de controlo) e a linha média do processo (limite central).
  • Histogramas: o histograma é a representação gráfica em colunas ou em barras (retângulos) de um conjunto de dados previamente tabulado e dividido em classes uniformes ou não uniformes.
  • Diagrama de Pareto: o Princípio de Pareto é uma metodologia. Ela afirma que para muitos fenômenos, 80% das consequências advêm de 20% das causas.
  • Diagrama de dispersão: os diagramas de dispersão ou gráficos de dispersão são representações de dados de duas (tipicamente) ou mais variáveis organizadas em um gráfico. Ele utiliza coordenadas cartesianas para exibir valores de um conjunto de dados.
  • Fluxogramas: o fluxograma é uma representação gráfica de um determinado processo, feita por meio de símbolos que ilustram sequencialmente as etapas, os elementos ou mesmo os módulos.
  • Diagrama de Ishikawa: ele é uma ferramenta visual, em formato de gráfico, que auxilia as análises das organizações na procura da causa principal de um problema.
  • Folhas e verificação: as folhas de verificação são tabelas ou planilhas usadas para facilitar a coleta e análise de dados. Ela economiza tempo e elimina o trabalho de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos.

Essas práticas são essências no gerenciamento da Qualidade, além de serem responsáveis pela padronização de muitos produtos e serviços em escala mundial, especialmente durante as últimas três décadas.

Considerações Finais

Implementar um modelo de gestão ajuda as indústrias siderúrgicas a funcionarem plenamente. Mas, antes de chegar nesse resultado, a instituição deve identificar e gerenciar vários processos multifuncionais e conectados, de modo a garantir que a satisfação do cliente seja sempre a meta alcançada.

Nesse sentido, haverá muitas coisas a considerar ao estabelecer a SGQ nesse tipo de empresa, sendo de grande importância garantir que as estratégias sejam influenciadas por objetivos, necessidades de produtos e serviços fornecidos. E essa estrutura será baseada em ciclos.

As etapas básicas para implementar um sistema de gerenciamento você já aprendeu neste artigo, agora é a hora de colocar os ensinamentos em ação. Lembre-se dos princípios PDCA, ou seja, planejar-fazer-verificar-agir, que permitem a melhoria contínua do produto e do SGQ.

E aí, gostou desse artigo? Então, siga a Sensio em suas redes sociais e acompanhe as novidades do nosso blog.

Até a próxima!